Mobilização foi deliberada pelo Fórum das Entidades Sindicais do Paraná e ocorrerá em diferentes regiões do estado
Servidores estaduais estarão no Calçadão de Londrina, no próximo dia 10 de junho, em ato pela data-base. A concentração inicia às 10h, em frente ao Banco do Brasil, e contará com representações de diferentes categorias do funcionalismo.
Com faixas, cartazes e panfletagem, os trabalhadores buscam denunciar à população a falta de diálogo do governo Ratinho Júnior (PSD), que não tem garantido direitos básicos.
Maio é o mês que marca o vencimento da data-base dos servidores do Executivo.
Sem reajuste desde 2017, o funcionalismo acumula perdas estimadas em 47%. Mesmo com o índice alarmante, o governador Ratinho Júnior não tem avançado nas tratativas.
A manifestação é organizada pelos sindicados que compõem a base do FES (Fórum das Entidades Sindicais do Paraná) e cobra respostas do governo que desde o início do ano vem adiando reuniões.
O evento está sendo organizado de forma descentralizada em diferentes cidades do Paraná, como Ponta Grossa, Maringá, Cascavel e também em Curitiba.
Em Londrina, os sindicatos responsáveis pela organização do evento são a ASSUEL (Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Estadual de Londrina), APP-Sindicato (Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do Paraná), Sindiprol/Aduel, entidade que representa docentes da Universidade Estadual de Londrina, Sindpar (Sindicato dos Servidores Públicos na Agropecuária do Estado do Paraná), SindSaúde-PR (Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Serviço Público da Saúde e da Previdência do Estado do Paraná).
Marcelo Seabra, presidente da ASSUEL, destaca que o intuito de realizar o ato no Calçadão é ampliar o debate com a população sobre as dificuldades enfrentadas pelos servidores, o que também impacta na qualidade dos serviços públicos.
“Muitas vezes a população reclama do atendimento que é prestado, mas não sabe que os servidores estão sendo sacrificados e que o número de servidores é muito reduzido, os salários estão achatados e a população não fica sabendo nada disso, e fica parecendo que o governo faz o investimento mas o servidor não da contrapartida, o que não é verdade”, diz.
Além de denunciar à população o descaso, a mobilização também pretende cobrar que o governo abra um canal para negociações, visando quitar a dívida acumulada com o funcionalismo.
“É fundamental a participação dos servidores, sem eles, vai parecer que é o sindicato reclamando isoladamente, e não vai conseguir chamar atenção da opinião pública e muito menos do governo, a indignação dos servidores mostra que eles estão descontentes com o governo e que, portanto, algo precisa ser feito”, afirma Seabra.
Matéria da estagiária Tayline Paulino sob supervisão.