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EM ASSEMBLEIAS, SERVIDORES REJEITAM PROPOSTA DA UEL EM REDUZIR 40% O PAGAMENTO DAS RPVs

 

Em assembleias realizadas nesta terça-feira, dia 19, no Campus e no HU, os servidores presentes disseram rejeitar a proposta da administração da  UEL de pagar as Requisições de Pequenos Valores – RPVs com o desconto de 40% do valor original. As RPVs são condenações onde o Poder Judiciário reconhece os direitos dos trabalhadores e determina o pagamento, mas direção da universidade afirma que, não tem recursos suficientes para pagar integralmente todas as ações. Atualmente o total das RPVs na UEL somam R$13 milhões.

O advogado da procuradoria da universidade, Miguel Etinger de Araujo Junior, participou das assembleias e explicou que o Governo do Estado liberou R$ 8 milhões para a UEL pagar as RPVs. “ Como este valor não é suficiente para pagar todos, fizemos a proposta para os advogados dos servidores de pagar com a diferença de 40% e estamos aguardando as respostas”, explicou o advogado.

Mas os trabalhadores não gostaram nem um pouco da proposta.  Para a servidora Maria Claudete Thomas de Oliveira, que trabalha na UEL há 16 anos, receber o direito com 40% a menos é uma injustiça. “Tem muita gente que já recebeu tudo por isso não acho justo isso. Vou conversar com o advogado e dizer que não aceito”, declarou a servidora.

Já servidora Roseli  Amaral disse que se sentiu ofendida com a proposta da UEL. “ Nós vamos brigar pelos nossos direitos até o fim. Não podemos aceitar isso, já esperamos até agora, podemos esperar mais”, opinou dona Roseli. O encanador da UEL, há 24 anos, Abílio Pereira dos Santos também prefere esperar mais tempo do que ter prejuízo. “ Vou dizer para o meu advogado que não aceito de jeito nenhum, chega de perder os direitos”, desabafou.

Durante as assembleias, o assessor jurídico da Assuel, Mauricio Toledo, se posicionou contra a proposta e informou que os prejuízos serão maiores que os 40% anunciados. “ Nós entendemos que os servidores não aceitem primeiramente porque seria avalizar mais um calote do Estado e também, por considerar que serão descontados os valores da previdência social, imposto de renda e honorários dos advogados. Isso tudo vai diminuir muito o valor final e o prejuízo será imenso para o servidor. Mas cada um tem o direito de tomar sua decisão juntamente com seu advogado”, explicou Toledo.

O presidente da Assuel, Arnaldo Mello tem a mesma opinião que o jurídico. “ A Assuel entende que  se trata de mais um golpe do Governo que já tem tirado tantos direitos dos servidores e por isso se posiciona contra a proposta de redução do pagamento das RPVs",finalizou.

Indicativo de greve – Durante as assembleias, também foi colocada a proposta do Fórum de Entidades Sindicais (FES), contra a proposta PEC da Previdência, anunciada pelo Governo que pretende aumentar de 11% para 14% a alíquota, o que vai arrochar ainda mais o salário dos trabalhadores. Por isso, por determinação do FES, foi colocada em votação a realização de uma nova assembleia para se discutir o indicativo de greve. Os servidores do Campus e do HU levantaram as mãos e aprovaram a proposta.

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